terça-feira, 29 de julho de 2008

Historia dos bv de Gondomar

O Corpo Infantil existente nos bombeiros voluntários de Gondomar foi criado no ano de 1999, quando no dia municipal do Bombeiro, o Sr. Presidente da Câmara, Major Valentim Loureiro lançou a ideia de se criar uma escola infantil, devido à presença de muitas crianças e adolescentes nas cerimónias desse mesmo dia.A Associação dos Bombeiros Voluntários de Gondomar gostou da ideia e deram seguimento, criando o primeiro corpo infantil de Bombeiros no concelho e no país sendo pioneiro na sua criação.O Corpo Infantil desta Associação conta com um grupo de 60 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 13 anos e visa "angariar" futuros voluntários já com formação capaz de dar resposta no futuro aquando a sua entrada no Quadro Activo.A equipa de responsáveis pela formação e encaminhamento aos seus domicílios é de 12 elementos nos quais se encontraram dois enfermeiros e uma educadora de infância e dois motoristas os restantes são bombeiros com formação específica para poderem ministrar a respectiva formação.Formação essa nas diversas áreas de intervenção dos Bombeiros Voluntários de Gondomar que são:- Emergência Pré-Hospitalar- Formação Teórica de Combate a Incêndios- Formação Prática de Combate a Incêndios- Formação de Ordem UnidaAinda também a formação de Apoio Pedagógico no qual consistem em apoio as crianças na sua vida do dia-a-dia, e principalmente no apoio escolar, nesta área ainda fazem actividades lúdicas e educativas (Figuras).Ao longo destes anos de existência, foi organizado por esta equipa de formadores várias actividades nas quais se destacam os acampamentos anuais no qual as crianças fazem contacto directo com a natureza ficando acampadas nas florestas do concelho por vários dias ou mesmo uma semana, como também visitas de estudo ao Castelo de Guimarães e Barragem do Lindoso.No final de cada ano lectivo, efectuam um exercício simulado, no qual efectuam todas as técnicas aprendidas, durante esse ano, as situações simuladas têm sido de acidente de viação com multivitimas (enclausuradas ou não) e com viaturas incendiadas, situações muito aproximadas da realidade pois as viaturas são incendiadas com fogo real, os formadores neste exercício apenas efectuam a condução dos veículos até ao local sendo o socorro (Estratégia e Táctica) da responsabilidade única das crianças.No final destes exercícios todas as equipas reúnem fazendo uma avaliação de toda acção de forma a verificar os erros cometidos ou não.Ainda organizaram um intercâmbio com outra instituição que acolhem crianças como por exemplo os escuteiros no qual foi organizado em parceria com esta entidade um pedipaper pelas ruas da cidade.Como o Voluntariado para o futuro tende a diminuir e já se sente nos nossos dias de hoje, aposta é mesmo essa garantir o futuro e também como diz o ditado:
"é de pequenino que se torce o pepino

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Formaçao dos bv de Lisboa



Organização do Organismo Humano
Organização do Organismo Humano Escrito por Pedro Raposeira Anatomia é a ciência que estuda a estrutura e a forma dos corpos ou seres organizados. A Anatomia estuda ainda a relação entre a estrutura de uma parte do corpo e a sua função. A estrutura apresentada pelas diferentes partes do corpo, permite-lhes desempenhar determinadas funções específicas. Os ossos, por exemplo proporcionam força e suporte. A Anatomia pode ser abordada a diferentes níveis, algumas estruturais das células. A histologia, é o estudo dos tecidos. A anatomia geral, é o estudo das estruturas que podem ser observadas sem o auxílio de microscópio e pode ser abordada, numa perspectiva descritiva ou sistémica e uma perspectiva topográfica ou regional. Na Anatomia descritiva ou sistémica o corpo é estudado por sistemas. Um sistema é um grupo de estruturas que têm uma ou mais funções comuns. São exemplos de sistemas o sistema circulatório, o sistema respiratório, o sistema ósseo, o sistema muscular, etc. Na Anatomia topográfica ou regional o corpo é estudado por áreas, é esta a abordagem que se oserva na maior parte dos programas das escolas de medicina. Em cada uma das regiões tais como a cabeça, abdómen ou tórax, os sistemas são estudados simultaneamente. A Anatomia de superfície é o estudo da forma externa do corpo e da sua relação com as estruturas internas. O uso de sistemas de imagem, “Imagiologia”, envolve a aplicação de raios x, ultra sons ressonância magnética (RM), TAC (tomografia axial computorizado) e outras tecnologias que fornecem imagens das estruturas internas. Quer a anatomia de superfície quer o uso dos sistemas de imagens reúnem informações importantes para o diagnóstico duma doença FISIOLOGIA A fisiologia é a ciência que estuda os processos ou funções dos organismos vivos. Os principais objectivos da fisiologia, são, compreender e prever as respostas do organismo a diferentes estímulos. Á semelhança da anatomia, a fisiologia pode ser abordada em diferentes níveis. A fisiologia celular estuda os processos celulares. A neurofisiologia estuda o sistema nervoso, a fisiologia humana estuda o organismo. A fisiologia estuda os sistemas do sorpo humano e não as suas regiões uma vez que os processos fisiológicos envolvem interacções de um ou mais sistemas. Aulas de Anatomia do Curso de Enfermagem Instituto Piaget 2002/2006


AVC
AVC´S Escrito por Pedro Raposeira A expressão AVC refere-se a um complexo de sintomas de deficiência neurológica, durando pelo menos vinte e quatro horas e resultantes de lesões cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea. (Mausner, 1999). Estas lesões cerebrais são provocadas por um enfarte, devido a isquémia ou hemorragia, de que resulta o comprometimento da função cerebral. Este acontecimento pode ocorrer de forma ictiforme (súbito), devido à presença de factores de risco vascular ou por defeito neurológico focal (aneurisma). A presença de danos nas funções neurológicas originam déficits a nível das funções motoras, sensoriais, comportamentais, perceptivas e da linguagem. Os déficits motores são caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou parciais/ incompletas (hemiparésia) no hemicorpo oposto ao local da lesão que ocorreu no cérebro. A localização e extensão exactas da lesão provocada pelo AVC determinam o quadro neurológico apresentado por cada utente e, o seu aparecimento é normalmente repentino, oscilando entre leves ou graves, podendo ser temporários ou permanentes. Incidência Embora a incidência da doença vascular cerebral tenha vindo a diminuir nos últimos 25 anos, e se tenham registado na ultima década progressos assinaláveis em relação às doenças cerebrovasculares, estas continuam a colocar Portugal nos últimos lugares em relação aos outros países da Europa (Direcção Geral da Saúde , 1997 e Ministério da Saúde, 1998). Segundo dados estatísticos do Ministério da Saúde, no ano de 1994, Portugal ocupou o último lugar relativamente a catorze países da União Europeia com o valor mais elevado de mortalidade por doenças cerebrovasculares, sendo a sua incidência de 300-400 casos/ 100 000 por ano. Prevalência Esta vai depender de múltiplos factores, nomeadamente da capacidade de resposta de reabilitação na fase subaguda. Não existe numero fidedigno em Portugal. Factores de risco vascular Os factores de risco aumentam a probabilidade de um acidente vascular cerebral, mas, muitos deles, podem atenuar-se com tratamento médico ou mudança nos estilo de vida. Os principais factores de risco de AVC são, a arteriosclerose, a hipertensão arterial, o tabagismo, o colesterol elevado (dislipidémia), o Diabetes Mellitus, a obesidade, doenças das válvulas e arritmias cardíacas, dilatações do coração como na doença de Chagas, a hereditariedade, sedentarismo, o uso de anticoncepcionais orais e a idade (a probabilidade de ocorrência de AVC aumenta com a idade) . Existem outras causas menos frequentes de AVC como doenças inflamatórias das artérias, alguns tipos de reumatismo, uso de drogas como a cocaína, doenças do sangue e da coagulação sanguínea. Finalmente, a presença de Acidentes Isquémicos Transitórios (AIT’s) é um factor de risco extremamente importante visto que cerca de 1/3 dos indivíduos que sofrem AIT,s acabarão por sofrer um AVC dentro de cinco anos (Toole, 1979). Quanto maior for o número de factores de riscos identificados no indivíduo, maior será a probabilidade de ocorrência de AVC. Fisiopatologia O tecido nervoso é desprovido de reservas sendo totalmente dependente do aporte circulatório, pois é graças a este que as células nervosas se mantém activas, sendo o seu metabolismo depende de oxigénio e glicose. A interrupção deste aporte numa determinada área do cérebro tem por consequência uma diminuição ou paragem da actividade funcional dessa área. Se a interrupção do aporte circulatório for inferior a 3 minutos, a alteração é reversível; se esse prazo ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional poderá ser irreversível, originando necrose do tecido nervoso. O AVC pode ser causado por dois mecanismos diferentes: oclusão de um vaso provocando isquémia e enfarte do território dependente desse vaso ou ruptura vascular originando uma hemorragia intracraniana. Qualquer destes dois grandes grupos pode ser ainda dividido em subgrupos distintos; a obstrução vascular pode ser devida a doença local da parede do vaso, dando origem à formação de um trombo, ou a um embolo originado num ponto mais distante da rede vascular e que, entrando na circulação, vai alojar-se num vaso são e provocar a sua oclusão. Em qualquer dos casos o resultado é a formação de uma zona de enfarte. As hemorragias podem dever-se igualmente a dois mecanismos: ruptura de uma mal formação vascular (aneurisma ou angioma), ou ruptura de uma artéria intracerebral de pequeno calibre como resultado de arteriosclerose. A ruptura de um aneurisma dá-se no espaço subaracnóideu, provocando uma hemorragia meníngea, enquanto que as outras origens condicionam habitualmente uma hemorragia intracerebral. Tipos de AVC A determinação do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou. Poderemos ter assim dois tipos de AVC, que ainda se dividem em subtipos, como pode ser observado no quadro 1. Tipos de AVC Subtipos de AVC Isquémico · Lacunar · Trombótico · Embólico Hemorrágico · Intracerebral · Subaracnóide Quadro 1 - Tipos de AVC AVC Isquémico A isquémia é induzida por oclusão de um vaso ou redução de pressão de perfusão cerebral, seja esta provocada por redução do débito cardíaco ou por hipotensão arterial grave e sustentada (Garett, 1994). Este tipo de AVC pode originar défices definitivos e ou transitórios, habitualmente designados por AIT. Um AIT refere-se à temporária interrupção da circulação no cérebro. São episódios caracterizados por defeitos neurológicos focais, de aparecimento súbito e duração não superior a vinte e quatro horas, com recuperação completa. Trombose cerebral Um AVC é trombótico quando o processo patológico responsável pela oclusão do vaso se desenvolve no próprio local da oclusão. Segundo O’Sullivan (1993), trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou dos seus ramos. Os trombos resultam da aderência e agregação plaquetária, coagulação de fibrina e queda da fibrinólise. Existem dois tipos de trombose, a trombose venosa e a trombose arterial. As tromboses arteriais são as mais frequentes, e resultam da presença de material ateromatoso que oclui o lúmen de um vaso. As placas de ateroma tem tendência a formar-se nos vasos de maior calibre, em particular, em zonas de bifurcação ou de curvatura de artérias. As tromboses venosas constituem uma raridade no conjunto dos quadros de patologia vascular cerebral. As tromboses cerebrais são frequentemente precedidas por AIT (cerca de 20% dentro do mesmo território arterial). Embolia cerebral Embolia cerebral define-se como todo o processo em que se verifica a oclusão arterial por um corpo estranho (embolo) em circulação, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais. Os quadros da embolia cerebral instalam-se normalmente de forma súbita. Os sintomas podem repetir-se no tempo com agravamento e melhoria, significando isso embolização recorrente. A formação de êmbolos está vulgarmente associada às doenças cardiovasculares, nomeadamente devido a fibrilhação auricular e outras arritmias; enfarte do miocárdio com trombo mural; endocardite bacteriana subaguda ou aguda; complicações de cirurgia vascular ou de próteses valvulares. Os êmbolos poderão ter também origem em desordens sistémicas produtoras de êmbolos gasosos (cirurgia ou traumatismo), de êmbolos gordos (fracturas de ossos) ou de êmbolos de origem tumorais. As embolias cerebrais são raramente precedidas por AIT mas quando existem não respeitam a mesma árvore arterial. Sindromes lacunares Representam cerca de 10% de todos os AVC’s. São resultantes de enfartes por oclusão de ramos perfurantes. Os sindromes lacunares ocorrem geralmente em indivíduos com hipertensão arterial não controlada. Sindromes Vasculares A oclusão de diferentes artérias cerebrais originam sindromes vasculares (com os seus sinais clínicos) específicos e característicos, de cada artéria cerebral envolvida (quadro 2 ) . Artérias Síndromes Clínicos Artéria Cerebral Anterior · Hemiparésia contralateral, mais acentuada no membro inferior; · Perda sensorial contralateral · Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical; · Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for bilateral; · Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso. Artéria Cerebral Média · Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado); · Hemiplegia e/ou hemiparésia contralateral, mais acentuada na face e membro superior; · Hemianópsia homónima; · Hemihipostesia; · Apraxia; · Alexia. Artéria Cerebral Posterior · Síndromes sensoriais talâmicos; · Alterações de memória (lesão bilateral); · Hemianópsia homónima; · Síndrome de Anton: · Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associada a agnosia; · Dislexia sem agrafia; · Hemiplegia fugaz · Ataxia Artéria Carótida Interna · Hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia (quando o hemisfério cerebral dominante é lesado); · Isquémia retiniana com onubilação ou perda da visão no olho homolateral; · Inconsciência no momento da oclusão; Nota: 40% dos doentes com oclusão da artéria têm, antes do AVC definitivo, ataques isquémicos transitórios. Artéria Basilar · Hemiplegia contralateral ou tetraplegia · Paralisia facial; · Disartria e disfagia; · Síndrome de Hormes homolateral; · Perda de consciência e presença de vertigem. Artéria Vertebrobasilar · Sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões cerebelosas homolaterais com sinais sensitivos e motores nos membros contralaterais · Síndrome de Weber ( lesão localizada nos pedúnculos cerebrais): · Paralisia homolateral do nervo oculo-motor comum; · Hemiplegia contralateral. Quadro 2 – Síndromes resultantes da oclusão das artérias cerebrais Problemas associados à lesão neurológica provocada por AVC Existem inúmeros problemas e alterações provocados por AVC, dos quais se passam a descrever: Alterações das funções motoras Alterações do tónus Logo após o AVC, o hemicorpo afectado apresenta um estado de flacidez sem movimentos voluntários ou seja o tónus é muito baixo para iniciar o movimento, não há resistência ao movimento passivo e o indivíduo é incapaz de manter um membro em qualquer posição, especialmente durante as primeiras semanas. Em alguns casos a flacidez permanece por apenas algumas horas ou dias mas raramente persiste indefinidamente (Bobath, 1990). Todas estas alterações levam à ausência de consciencialização e de perda dos padrões de movimento do hemicorpo afectado, bem como a padrões inadequados do lado não afectado (utilizado como compensação). Assim, o indivíduo não consegue rolar, sentar-se sem apoio, manter-se de pé, e tem tendência para transferir o seu peso para o lado são, por falta de noção da linha média (Bobath, 1990). Ainda que a hipotonia possa persistir, é frequente ser seguida pelo aparecimento de um quadro de hipertonia. Neste quadro verifica-se o aumento da resistência ao movimento passivo, sendo isto típico dos padrões espásticos. Durante os primeiros dezoito meses a espasticidade vai, gradualmente, desenvolvendo-se com as actividades e esforços realizados pelo indivíduo (fase espástica). A espasticidade produz características típicas como as posturas anormais e os movimentos estereotipados. Segundo Bobath (1990) a distribuição anormal do tónus é variável, sendo normalmente mais intensa em certos padrões que envolvem os músculos anti-gravíticos do hemicorpo afectado, nomeadamente, os flexores do membro superior e os extensores do membro inferior. Um hemiplégico pode apresentar padrões anormais de movimento ou sinérgicos devido ao tónus anormal, défices sensoriais e perda das reacções de equilíbrio. Existem dois tipos de padrões anormais (sinergias), sendo eles o padrão de flexão e o padrão de extensão. Presença de reacções associadas Segundo Bobath (1990), as reacções associadas definem-se como respostas automáticas anormais estereotipadas dos membros afectados resultantes de uma acção ocorrida em qualquer parte do corpo, por estimulação reflexa ou voluntária (ex.: tossir, espirrar, esforço), inibindo a função. Estas reacções podem ocorrer quando o indivíduo se esforça para realizar uma tarefa difícil ou quando está ansioso. Quando realiza uma tarefa, como por exemplo o vestir, as reacções associadas poderão ser observadas no braço e perna afectadas. Perda do mecanismo de controlo postural O mecanismo de controlo postural é a base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados. Este mecanismo consiste num grande número e variedade de respostas motoras automáticas, adquiridas na infância, e que são desenvolvidas durante os primeiros três anos de vidas (Bobath, 1990). É constituído por três grupos de reacções posturais automáticas, sendo estas as reacções de rectificação; reacções de equilíbrio e as reacções de extensão protectiva. Reacções de rectificação: são respostas automáticas que mantêm a posição normal da cabeça no espaço, bem como o alinhamento postural da cabeça e pescoço com o tronco, e do tronco com os membros (Bobath, 1990). Estas reacções dão ao indivíduo um dos elementos mais importantes da mobilidade funcional, que é a noção de rotação dentro do eixo do corpo. Reacções de Equilíbrio: são respostas automáticas a alterações de postura e movimento, complexas e integradas, com o objectivo de recuperar o equilíbrio perturbado (Bobath, 1990). Reacções de Extensão Protectiva: são reacções automáticas que são activadas quando o centro de gravidade é deslocado para fora da base de sustentação, e quando as reacções de equilíbrio e de rectificação se mostram insuficientes. Num indivíduo que tenha sofrido um AVC as reacções posturais automáticas descritas não funcionam no hemicorpo afectado, o que impede o indivíduo de usar uma variedade de padrões normais de postura e de movimento, essenciais para a realização de actividades funcionais tais como as transferências, o rolar, o sentar, o manter a posição de pé, o andar e a realização de actividades da vida diária. Alterações da função sensorial As alterações sensoriais mais frequentes e observáveis nos casos de lesão neurológicas do hemicorpo, são os défices sensoriais superficiais, proprioceptivos e visuais. A diminuição e ou abolição da sensibilidade superficial (táctil, térmica e dolorosa), contribui para o aparecimento de disfunções perceptivas (alterações da imagem corporal, neglect unilateral), e para o risco de auto lesões. A diminuição da sensibilidade proprioceptiva (postural e vibratória) contribui para a perda da capacidade para executar movimentos eficientes e controlados, para a diminuição da sensação e noção de posição e de movimento, impedindo e diminuindo novas aprendizagens motoras no hemicorpo afectado. São bastante comuns em indivíduos que sofreram um AVC distúrbios do campo visual (diminuição da acuidade visual, hemianopsia e diplopia). O distúrbio visual mais comum é a hemianopsia homónima (cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro olho). É um défice visual que contribui para a diminuição do nível de consciência e/ou diminuição da noção do hemicorpo afectado. Alterações da função perceptiva Após a ocorrência de AVC poderão estar presentes alguns défices perceptivos. O seu tipo e extensão vão depender do local da lesão. As lesões do hemisfério não dominante (para a maioria dos indivíduos o hemisfério direito), produzem distúrbios da percepção. Os distúrbios podem ser a nível da figura de fundo, posição no espaço, constância da forma, percepção da profundidade, relações espaciais e orientação topográfica. A apraxia e a agnosia são outros dos distúrbios frequentes em indivíduos que sofreram um AVC. A apraxia consiste na incapacidade para programar uma sequência de movimentos, apesar das funções motora e sensorial estarem aparentemente conservadas. A apraxia pode manifestar-se de várias formas, sendo estas, a apraxia ideomotora (gestos); a apraxia ideativa (tarefa); a apraxia do vestir (incapacidade para efectuar as tarefas funcionais do acto de vestir) e a apraxia construtiva (incapacidade para construir modelos a duas ou a três dimensões). A agnosia, consiste na incapacidade de reconhecer objectos familiares de uso pessoal, e de lhe dar uma função, ainda que os órgãos sensoriais não estejam lesados. Poderão igualmente surgir alterações a nível da imagem e esquema corporal, onde se incluem o neglect unilateral e falhas na discriminação esquerda/direita. Alterações da Comunicação Os problemas da comunicação são frequentes nos indivíduos que sofreram um AVC, por obstrução da artéria cerebral média no hemisfério esquerdo. A afasia é uma perturbação da linguagem que resulta de uma lesão cerebral, localizada nas estruturas que se supõe estarem envolvidas no processo da linguagem (Caldas, 1999). Alterações do Comportamento Os indivíduos com lesão no hemicorpo esquerdo e direito diferem amplamente nos seus efeitos comportamentais. Os indivíduos com lesão do hemicorpo direito, tem um comportamento lento, são muito cuidadosos, incertos e inseguros, logo, ao desempenharem tarefas estes apresentam-se ansiosos e hesitantes, exigindo frequentemente “feedback” e apoio. Eles também tendem a ser realistas na avaliação dos próprios problemas. A labilidade emocional, é geralmente encontrada nos casos de hemiplegia. O indivíduos apresenta emoções instáveis, sendo capaz de inibir a expressão das emoções espontâneas, que rapidamente alteram o seu comportamento emocional sem qualquer razão aparente. Problemas secundários e complicações das lesões neurológicas por AVC Os indivíduos com lesão neurológica do hemicorpo estão predispostos ao aparecimento de problemas secundários e/ou complicações, relacionados com o seu estado patológico que frequentemente, funcionam como um obstáculo à reabilitação dos mesmos. As complicações possíveis de um AVC incluem: Pneumonia; Formação de coágulos de sangue nas veias das pernas, os quais podem atingir a circulação pulmonar (artéria pulmonar), provocando uma embolia pulmonar potencialmente fatal; Infecção do tracto respiratório; Incontinência urinária Obstipação; Para além destas complicações existem ainda alguns problemas motores, problemas estes que surgem como complicação secundária da hemiplegia: Síndrome ombro-mão; Ombro doloroso; Subluxação do ombro; Edema da mão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOBATH, Berta (1990). Hemiplegia no adulto: Avaliação e tratamento, São Paulo: Editora Manole; CALDAS, A. (1999). A Herança de Franz Joseph Gall: O Cérebro ao Serviço do Comportamento Humano; Amadora: McGraw-Hill; CAMBIER, J. e Masson, M. (1980). Manual de Neurologia, Rio de Janeiro: Editora Masson do Brasil; MAUSNER & BAHN (1999). Introdução à epidemiologia (2ª Ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; O’ SULLIVAN, S. (1993). Avaliação e tratamento (2ª Ed.). São Paulo: Editora Manole; PEDRETTI, Lorraine William (1996). Occupational Therapy: Practice Skills for Physical Dysfunction (fourth edition). Missouri: Mosby-Year Book; WILLARD & SPACKMAN (1998). Terapia Ocupacional (9ª Ed.). Philadelphia: Lippincott-Raven Publishers; Desenvolvido e Escrito por Pedro Raposeira-BVA


SIEM

SISTEMA INTEGRADO DE EMERGÊNCIA MÉDICA
» Conjunto de elementos em interacção com uma determinada finalidade ou objectivo.» Um conjunto de partes coordenadas entre si.» Um conjunto de meios utilizados para atingir um fim.» Combinação de elementos para obter um resultado.
Exemplos;» Sistema Informático» Sistema educativo» Sistema métrico» Sistema de rega
“ que se completou ““ que faz parte de ““ que ocorre subitamente ““ inesperadamente ““ situação de gravidade excepcional “
EMERGÊNCIA MÉDICAÉ uma actividade na área da saúde, que abrange tudo o que se passa desde o local da ocorrência até ao tratamento que a situação exige.
1965 – Criação do 115
1971 – Criação do SNA1980 – Criação do GEM1981 – Criação do INEM1987 – Criação do CODU1998 – Mudança do 115 para 112
FASES DO "SIEM" DetecçãoQuando alguém se apercebe da existência de uma ou mais vítimas.ProtecçãoAcções a desenvolver para evitar que uma situação de emergência se agrave, incluindo segurança do local e da vítima.ALERTAQuando se contactam os meios de socorro.PRÉ-SOCORROConjunto de gestos simples que podem ser efectuados até à chegada do socorro.SOCORROTratamentos iniciados no local, com o objectivo de salvar a vida, diminuir a incapacidade e diminuir o sofrimento.TRANSPORTE Transporte da vítima desde o local da ocorrência até ao serviço de saúde mais adequada à situação da vítima.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A história dos Bombeiros Veluntarios do Porto



Em finais do século XIX, dada a grande expansão e desenvolvimento da Cidade, um grupo de notáveis Portuenses decidiu criar uma Associação, cuja finalidade seria dotar a Cidade e a Região com um Corpo de Bombeiros Voluntários que a Cidade há muito pedia e exigia. Em 1870, Alexandre Theodoro Glama idealizou a criação de um Corpo de Voluntários no Porto, ao qual se juntou Abílio Augusto Monteiro e, mais tarde, em 1872, Hugo E. Kopke e Walter C. Kendall, conforme notícia da constituição“Corpo de Bombeiros Voluntários. Tendo nós abaixo assignados resolvido empregar todos os esforços para que se organise nesta cidade um corpo de bombeiros á similhança dos da Alemanha, declaramos aos cavalheiros que se dignarem inscrever que, logo que haja numero suficiente de voluntarios, serão convocados para uma reunião, em que se hão-de discutir os estatutos já em elaboração, para depois serem enviados aos poderes publicos, pedindo-lhes a sua aprovação e a competente licença para a definitiva organisação do corpo. Porto, 10 de Dezembro de 1872. Foram entretanto colocadas listas para inscrição de Voluntários e a 25 de Agosto de 1875 nasce a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto. Um dia depois constitui-se oficialmente a colectividade, em sessão realizada no Teatro “Príncipe Real”. 1ª Direcção dos Bombeiros Voluntários do Porto Presidente – Visconde de Ribeira Brava 1º Secretário – Guilherme Gomes Fernandes Auxiliares – Comerciantes, Industriais e Capitalistas Na época a elite Portuense frequentava diversos ginásios, sobretudo o conhecido “Ginásio Lauret” (1ª Escola de Educação Física do Porto), de onde sairiam a maioria dos elementos dos Voluntários do Porto. O Corpo de Bombeiros foi inicialmente instalado no Pátio do Paraíso, na Rua do Bonjardim, (nas imediações do actual quartel). O palacete compreendia o espaço imobiliário ocupado actualmente desde o Teatro Rivoli, Caixa Geral de Depósitos e café Garça Real até à Associação de Jornalistas. Em 8 (ou 26) de Novembro de 1875, após organização do serviço de socorro, os BVP tiveram a sua primeira saída para um Incêndio na Rua do Triunfo. Passado ano e meio da sua fundação, em 9 de Abril de 1877, a Assembleia geral reúne extraordinariamente para dar conhecimento de que, por alvará de 6 de Janeiro de 1877, El Rei D. Carlos agracia a Associação com o titulo de “Real”, passando a designar-se desde então como Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto , em reconhecimento dos grandes serviços prestados. Em 1900, comemorando o seu 25º aniversário, o Corpo de Bombeiros recebe de D. Carlos, Comandante Honorário, uma magnífica aguarela enaltecendo os feitos heróicos dos Voluntários. Sua majestade a rainha D.ª Amélia, madrinha da mesma Associação, oferece aos Voluntários a sua primeira bandeira, por ela desenhada e bordada a fios de ouro. Esta bandeira ainda hoje se encontra no quartel dos BVP.Em 1925, o velho Pátio do Paraíso deixou de albergar os BVP, pois foi vendido pela proprietária, Condessa de Fijó, à Câmara Municipal do Porto. Desde essa data até 1947, os Voluntários ficaram instalados num velho e inestético edifício apelidado de “Barracão”. As antigas instalações deram lugar à construção da actual Rua Rodrigues Sampaio, onde se encontra o presente quartel. Transportes Foram os Voluntários do Porto inovadores em muitas ocasiões. A eles se devem a substituição das viaturas de tracção “Humana” por “Hipomóveis”. Seria deles a primeira escada “Maggyrus”, a primeira auto-bomba, a primeira moto-bomba e o primeiro auto pronto-socorro (um Daimler de tipo Sport). Em 1879, quatro anos após a sua fundação, os Voluntários do Porto apresentaram o primeiro carro de socorro puxado a cavalos existente em Portugal e uma ambulância! Em 1919, a primeira viatura automóvel (auto maca) para serviço de bombeiros existente na Cidade pertencia aos Voluntários do Porto. Secções de Socorro a Náufragos dos BVP A primeira referência a uma secção data de 1888, localizada na Foz.Em 07 de Março de 1894, os Voluntários do Porto foram convidados a aceitar a orientação e organização de uma secção pelo Instituto de Socorro a Náufragos. No entanto, só em 1981 os BVP inauguram a actual Secção de Socorro a Náufragos, em Lordelo do Ouro.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Localizaçao e descriçao e formaçao do quartel dos Bombeiros de Entre-Os-Rios


Os bombeiros de Entre-Os-Rios situan-se no distrito do Porto mais concretamente no conselho de Penafiel.
La têm boas instalações tais como o dormitório devidamente separados, recentes vaículos de combate a incêndios e uma bela paisagem para o rio Douro.

Minha Apresentaçao


Eu sou o Joao Bragança e tenho 15 anos e sou de Alpendorada.

Desde pequenino admiro os bombeiros,pela a sua coragem e agilidade.

Mas os Bombeiros que mais admiro sao os Bmbeiros De Entre-Os-Rios.

Desde muito pequeno ia com os meus pais para o antigo quartel dos bombeiros de Entre-Os-Rios

pois la havia um café onde se juntavam alguns dos meus familiares e alguns bombeiros.

Mas quando eu ouvia a cirene a tocar ia logo para a janela ver os carros dos Bombeiros a sairem para irem secorrer as pessoas.

Por isso eu por iniciativa propria fui iscrever-me nos Bombeiros De Entre-Os-Rios.